quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Meia-noite no jardim do bem e do mal, de John Berendt

Pessoalmente, achei a obra bastante interessante e envolvente. Desde as descrições das personagens, das situações, da cidade, da vida, etc., até ao desfecho da história. Claro que o facto de se tratar de uma obra em que tudo isto é verídico desperta muito interesse, mas penso que mesmo que não o fosse teria sentido o mesmo grau de interesse e entrega.
Toda a narrativa e os diálogos dão-nos a conhecer a vida em Savannah, uma cidade que não conheço fisicamente, mas que parece que passei a conhecer psicologicamente.
É uma obra bem escrita e desenvolvida.
Ana Saltão, 12.º B

Eurico, o Presbítero, de Alexandre Herculano

No meu ponto de vista, Eurico, o Presbítero é uma narrativa interessante apesar de o autor dar maior relevância ao contexto histórico do que ao próprio romance em que Eurico e Hermengarda se envolvem.
Contudo, a obra é bastante enriquecedora, pois dá a conhecer ao leitor um pouco mais de cultura, da história mundial, dos valores morais que cercam o ser humano e os conflitos que este causa, bem como os valores associados à Pátria, aos costumes e à religião.
Aconselho a leitura deste livro a pessoas que se interessem por história e pretendem enriquecer os seus conhecimentos.
Daniela Santos, 12.º B

A marca do assassino, de Daniel Silva

Achei muito interessante toda a história, principalmente, o modo como a realidade e a ficção se vão articulando no desenrolar da ação e, ainda, a riqueza da malha estabelecida entre os grandes acontecimentos e os pequenos pormenores que conduzem às grandes descobertas.
Considero fantástica a obra, pois está repleta de desconcertantes, estranhas, mas também reais coincidências. Tudo se passa quando o mundo inicia uma nova corrida às armas, justificando-a com a defesa da democracia e das liberdades individuais. Intrigas, jogos de interesse, assassinatos e mistério envolvem pessoas muito próximas do presidente e do poder que representa, o que acaba por assustar e cativar.
O que menos apreciei foi a abertura do final porque, apesar de surpreendente, o mal fica livre... Contudo isso acontece para que os leitores sintam a curiosidade de ler o livro seguinte.
Margarida Silva, 12.º B

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A Judia, de Edgarda Ferri

A Judia retrata de forma viva e perturbadora a figura histórica de Grazia Nasi, uma proeminente banqueira e mercadora, e a sociedade europeia do Renascimento.
A ação tem início na Lisboa de 1536. Reinava D. João III e entrava em Portugal a Inquisição, instituição católica responsável por inquéritos, processos e condenações de suspeitos de heresia. Ameaçados e perseguidos, milhares de judeus abandonam Lisboa e procuram abrigo e tolerância em Antuérpia, Veneza, Salónica e Istambul.
Ao longo de 190 páginas assistimos à comovente história da errância de um povo perseguido e torturado por motivos religiosos:
"Nesse domingo de abril, 500 marranos foram apanhados de surpresa nas suas cozinhas, nos pátios, nas hortas, na rua, e até nas igrejas cristãs onde tinham procurado refúgio. Os homens foram degolados, as crianças esquartejadas, as mulheres violadas, foram saqueadas e incendiadas as casas, os animais, as hortas, os jardins."
S.N.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Cosmos, de Carl Sagan

Cosmos, que apesar de não ser uma publicação recente, continua a ser uma das obras mais lidas em todo o mundo, é, para quem gosta de ciência, uma "leitura obrigatória" e, mesmo quem não aprecia esta área, não terá qualquer dificuldade em lê-la, pois a linguagem é bastante acessível e o autor aborda assuntos complexos de forma simples e atrativa, embora a obra seja extensa.
Por outro lado, Cosmos não é um mero livro informativo sobre a história da Terra. Pelo contrário, não nos deixa indiferentes, e leva-nos a refletir sobre o nosso lugar e as nossas responsabilidades enquanto habitantes deste pequeno ponto no Universo. Neste sentido, destaco o último capítulo "Quem pode salvar a terra?", que termina com um apelo: "Devemos a nossa lealdade às espécies e ao nosso planeta. Somos nós que nos responsabilizamos pela Terra. Devemos a nossa obrigação de sobreviver não só a nós próprios, mas ao Cosmos, vasto e antigo, de onde despontámos." (p.393)
Carl Sagan foi um excelente comunicador de ciência que ficou conhecido por, neste livro e noutras publicações, ter tornado a ciência acessível ao grande público. Conhecendo melhor a longa história do Universo, é possível que o Homem o respeite mais.
João Bentes, 12.º A

A criança que não queria falar, de Torey Hayden

No geral, eu achei toda a história muito interessante e comovente, principalmente pelo facto de se tratar de uma história verídica. Ter acontecido na realidade despertou em mim um maior interesse pela obra e um maior entusiasmo na leitura.
Este tema, apesar de não ser muito relatado, é real e afeta muitas crianças. É bom saber que existem profissionais competentes que se entregam de corpo e alma aos seus alunos e conseguem transformar as suas vidas miseráveis em vidas melhores.
Um livro muito bom, que nos ajuda a estarmos atentos àqueles que nos rodeiam e que nos dá mais vontade de os ajudar, mesmo que pareçam uma causa perdida. Vale sempre a pena tentar, pois o que interessa é a intenção, e talvez os possamos ajudar mesmo com poucas palavras.
Para além disso, este livro é um exemplo de vida para qualquer pessoa, principalmente, por se centrar numa criança. É um livro com um enredo triste, mas com um final feliz.
Ana Nascimento, 12.º A

Maddie, a verdade da mentira, de Gonçalo Amaral


Aconselho vivamente a quem tiver interesse em perceber o decorrer de uma investigação mediática sobre o desaparecimento de uma criança. A obra constitui, não só uma ótima apresentação do caso, como uma boa descrição de todos os esforços da Polícia Judiciária portuguesa e da polícia estrangeira. São-nos esclarecidos todos os encobrimentos e muitos pormenores que não foram tornados públicos.
A parte mais interessante é a apresentação da tese de Gonçalo Amaral sobre o caso.
Com este livro tomamos consciência de como é difícil o trabalho da Polícia Judiciária e como é ainda mais dificultado quando se torna mediático.
Joana Pereira, 12.º A