quinta-feira, 4 de outubro de 2012

D. Pedro, o Rei-Imperador, de Javier Moro


Há uns meses falaram-me de um livro magnífico sobre D.Pedro I. Fui procurá-lo nas livrarias e descobri que apenas existia na versão original em castelhano. Por não saber o idioma, nada mais podia fazer que não esperar a tradução para português. Ao longo de semanas fui consultando a net à procura de novidades e, nada...
Entretanto, há dias, numa das minhas visitas regulares à livraria do bairro, na mesa das novidades, lá estava ele! 
Li-o de um fôlego e só posso dizer-vos que valeu a espera. 
Já tinha lido O Coração do Rei, de Iza Salles e desde então ganhei uma enorme curiosidade sobre a figura paradoxal e excessiva de D. Pedro I do Brasil e D. Pedro IV de Portugal. Líder em dois continentes, viveu uma existência atribulada e explosiva, movida por paixões avassaladoras que o levaram quer ao abismo quer à glória.
É destas figuras imensas e exuberantes que nascem as personagens que mais nos emocionam, nos enriquecem e nos acompanham mesmo depois de fecharmos os livros.
S.N.

Imagine, de Jonah Lehrer


A velha curiosidade de sempre que é o mistério do nosso cérebro levou-me a descobrir Jonah Lehrer. Duplamente licenciado em Literatura Inglesa e Neurociências, com umas passagens por restaurantes fine cuisine, escreve sobre esse órgão-mor das nossas vidas e deita por terra umas quantas ideias-feitas que o senso comum toma por certezas. 
Comecei com Imagine que acaba com o mito de que a criatividade é mero fruto do acaso ou de uma qualquer inspiração divina. 
O autor leva-nos aos estúdios da Pixar, onde as mais brilhantes ideias surgem nos lugares mais improváveis; a laboratórios de tecnologia, onde nascem produtos tão inspiradores como o post it;  ao cérebro de Bob Dylan, de onde surgiram canções que ainda hoje surpreendem ou do designer Milton Glaser, criador dessa marca que todos, em todo o mundo, conhecem mesmo sem saberem inglês: I N Y. 
No fim do livro percebemos que, afinal, qualquer um de nós pode desenvolver a criatividade e que, às vezes, basta um duche quente para desbloquear as ideias mais geniais.
S.N.