terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Cinco Semanas num Balão, de Júlio Verne


Cinco Semanas num Balão, de Júlio Verne. Sem sombra de dúvidas um clássico intemporal que consegue encantar por meio de aventurosas e corajosas palavras toda a sorte de leitores, não-leitores e meio-leitores. Penso que a acção e o risco nos trazem memórias dos tempos que nunca foram, fazendo-nos regredir até épocas em que o instinto era a nossa única arma; partir à descoberta de tudo ou nada…desafiar o que ninguém desafiou, apenas porque quero provar o valor da minha existência…sentir-me vivo…É tudo isto que faz alguém gostar desta obra.
Sim, é possível que uma obra de meados do século XIX possa despertar uma pessoa, tanto pelo seu ritmo acelerado como pelo seu conteúdo grandioso e emocionante, digno de ser relido. O tema da história é a viagem do Dr. Ferguson, criador do balão de hidrogénio e aventureiro de longa data, já conhecido pelas suas grandes expedições e aventuras extremas, que parte com a intenção de atravessar o continente africano de balão, desde a costa oriental até à costa ocidental, acompanhado pelo seu criado Joe e o seu grande amigo, o escocês Dick Kennedy. A equipa parte de Zanzibar, uma ilha situada na costa oriental de África e, tentando manter uma rota mais ou menos paralela à linha do equador, pretendem chegar ao Senegal, na costa ocidental. O que acontecerá a este trio?
Se pretende desfolhar algo furiosamente, este livro é uma boa aposta. Se pretende aprender um pouco sobre balões, este livro é um excelente manual. Se pretende viajar sem sair de casa, criar mentalmente as paisagens de África ou as perigosas tribos africanas, este livro é um bom catálogo de uma ainda melhor agência de viagens. Se pretende ler o livro em busca de “divertimento”, eu nem digo nada…
Está ao vosso critério.
Pedro Oliveira, 11ºA

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