quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O Perfume - história de um assassino



A história acontece no ano de 1738 em Paris e narra a vida de Jean-Baptiste Grenouille que nasceu a 17 de Julho. Esta personagem possui um óptimo olfacto, que o leva a cometer vários assassinatos tentando obter o perfume perfeito.
Nesta época (séc. XVIII) existiam fedores inimagináveis em PARIS. Jean-Baptiste Grenouille nasceu num mercado de peixe, a sua mãe só queria que este morresse, tal como tinha acontecido aos outros quatro filhos.
Grenouille sobreviveu, e sua mãe foi condenada à morte por enforcamento pelo infanticídio dos outros quatro filhos.
Jean-Baptiste foi cuidado por amas até ser levado para um convento. Sem cheiro, e com um olfacto único, causou problemas a quem cuidou dele.
Quando fez 8 anos de idade, foi colocado para trabalhar como aprendiz numa indústria de curtumes, para onde só iam crianças órfãs, porque eram utilizados químicos perigosos. Ficou neste local até aos 12 anos de idade, sem ter contacto com o exterior. Até que lhe é dada ordem para sair e, desta forma comete o seu 1º crime -assassina uma bela jovem e retira-lhe o odor corporal.
Depois, decide aprender mais sobre perfumes e começa a trabalhar numa perfumaria, que acaba por ganhar prestígio com os perfumes de Grenouille. No total, Grenouille comete 26 assassinatos de mulheres (sempre as mais belas e sempre virgens) para fazer o perfume perfeito. Para recolher os odores corporais, utilizava sempre a mesma técnica: rapava-lhes o cabelo, tirava-lhes a roupa e passava-lhes com um pano impregnado de gordura animal por todo o corpo. No entanto, foi apanhado pela polícia no último assassínio, mas já tinha cumprido o seu objectivo: possuía agora a essência de 26 mulheres, e tinha conseguido realizar o perfume desejado, o perfume sublime e perfeito.
É condenado à morte pela guilhotina na praça pública.
Quando chega o dia de execução, ao chegar à praça, abre o frasco do perfume, e todas as pessoas que se encontravam ali são levadas pela loucura, ao ponto de o verem como um anjo. E todos se despem e fazem amor uns com os outros.
Após algum tempo, Grenouille foge.
Assim, chega à sua terra natal, onde encontra uns sem-abrigo e decide despejar todo o frasco do perfume sobre si próprio. Os sem-abrigo sentem uma sensação mais forte do que as pessoas da praça, e Grenouille é, finalmente, comido vivo.
Os sem abrigo, no final, sentem que, por fim, fizeram algo por amor. Sentem-se satisfeitos.
E assim termina esta história deveras arrepiante e perturbadora. Trata-se de um livro que faz apelo a todos os nossos sentidos, mas particularmente ao do olfacto. Através do olfacto, somos conduzidos aos cheiros nauseabundos que povoavam a Paris do Século XVIII e , em muitos momentos, sentimo-nos deveras repugnados! O livro é mestre na arte da descrição, na arte de criar ambientes que envolvem o leitor, que o prendem, que o asfixiam numa atmosfera muito característica. A figura de Grenouille não nos deixa indiferentes - é uma personagem que ora nos provoca piedade ora desperta em nós sentimentos mais negativos.
Um livro a não perder!

Andreia Coelho, 10ºC


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