domingo, 23 de novembro de 2008

Os Pássaros de Seda



Se existem lugares intemporais, que sobrevivem como templos inalteráveis e indestrutíveis, um deles é a Pedra Moura, que abrigou, por entre os pastos verdes e ventos secos, Diamantina e Mário. Diamantina foi a rapariga mais pura e bela que alguma vez aquela terra viu crescer. Tinha mais brilho que um diamante, era dotada como ninguém nas suas mãos de fada e no seu espírito imperturbável e astuto. Foi criada com Mário, que sempre considerou um irmão de alma, de apertos, um símbolo sempre presente, inquebrável, ao qual se segurava. No entanto, Mário, como tantos outros, sucumbiu àquela criatura que parecia ter vindo dos céus, amando-a cada dia, com um amor que sabia esperar, sofrer. Sabendo que Diamantina nunca olharia para ele senão com olhos de irmã, viveu toda a sua vida contentando-se em estar por perto, em ter uma esperança que sabia infrutífera, mas por Diamantina tudo valia a pena. Das mãos dela saíam os mais belos pássaros de seda bordados em colchas, que tinham o dom de deixar boquiabertos quem quer que os visse. Estas colchas tornaram-se famosas e Diamantina deu-se a conhecer ao mundo através delas. Depois de uma infância na Pedra Moura, a ouvir as histórias do tio Zebra e a apreciar os diversos manjares da mãe Margarida, seguiram-se tempos conturbados, que fazem parte do crescimento e aprendizagem de Diamantina e de Mário, mas que não deixaram de ser cruéis. Mário escreve então, antes de morrer, um livro que conta as suas memórias, que não são mais do que as memórias de Diamantina, pois toda a sua vida foi dedicada a ela. E assim a Pedra Moura, onde todos os sonhos começaram e acabaram, continuará para sempre um símbolo do que, em tempos, pareceu perfeito, nem que seja nas páginas escritas por Mário.


Este é o resumo de Os Pássaros de Seda, de Rosa Lobato Faria. O romance que será discutido e comentado no próximo Chá com Livros, no dia 17 de Dezembro, às 14H30, na Biblioteca Escolar.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O Perfume - história de um assassino



A história acontece no ano de 1738 em Paris e narra a vida de Jean-Baptiste Grenouille que nasceu a 17 de Julho. Esta personagem possui um óptimo olfacto, que o leva a cometer vários assassinatos tentando obter o perfume perfeito.
Nesta época (séc. XVIII) existiam fedores inimagináveis em PARIS. Jean-Baptiste Grenouille nasceu num mercado de peixe, a sua mãe só queria que este morresse, tal como tinha acontecido aos outros quatro filhos.
Grenouille sobreviveu, e sua mãe foi condenada à morte por enforcamento pelo infanticídio dos outros quatro filhos.
Jean-Baptiste foi cuidado por amas até ser levado para um convento. Sem cheiro, e com um olfacto único, causou problemas a quem cuidou dele.
Quando fez 8 anos de idade, foi colocado para trabalhar como aprendiz numa indústria de curtumes, para onde só iam crianças órfãs, porque eram utilizados químicos perigosos. Ficou neste local até aos 12 anos de idade, sem ter contacto com o exterior. Até que lhe é dada ordem para sair e, desta forma comete o seu 1º crime -assassina uma bela jovem e retira-lhe o odor corporal.
Depois, decide aprender mais sobre perfumes e começa a trabalhar numa perfumaria, que acaba por ganhar prestígio com os perfumes de Grenouille. No total, Grenouille comete 26 assassinatos de mulheres (sempre as mais belas e sempre virgens) para fazer o perfume perfeito. Para recolher os odores corporais, utilizava sempre a mesma técnica: rapava-lhes o cabelo, tirava-lhes a roupa e passava-lhes com um pano impregnado de gordura animal por todo o corpo. No entanto, foi apanhado pela polícia no último assassínio, mas já tinha cumprido o seu objectivo: possuía agora a essência de 26 mulheres, e tinha conseguido realizar o perfume desejado, o perfume sublime e perfeito.
É condenado à morte pela guilhotina na praça pública.
Quando chega o dia de execução, ao chegar à praça, abre o frasco do perfume, e todas as pessoas que se encontravam ali são levadas pela loucura, ao ponto de o verem como um anjo. E todos se despem e fazem amor uns com os outros.
Após algum tempo, Grenouille foge.
Assim, chega à sua terra natal, onde encontra uns sem-abrigo e decide despejar todo o frasco do perfume sobre si próprio. Os sem-abrigo sentem uma sensação mais forte do que as pessoas da praça, e Grenouille é, finalmente, comido vivo.
Os sem abrigo, no final, sentem que, por fim, fizeram algo por amor. Sentem-se satisfeitos.
E assim termina esta história deveras arrepiante e perturbadora. Trata-se de um livro que faz apelo a todos os nossos sentidos, mas particularmente ao do olfacto. Através do olfacto, somos conduzidos aos cheiros nauseabundos que povoavam a Paris do Século XVIII e , em muitos momentos, sentimo-nos deveras repugnados! O livro é mestre na arte da descrição, na arte de criar ambientes que envolvem o leitor, que o prendem, que o asfixiam numa atmosfera muito característica. A figura de Grenouille não nos deixa indiferentes - é uma personagem que ora nos provoca piedade ora desperta em nós sentimentos mais negativos.
Um livro a não perder!

Andreia Coelho, 10ºC


quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Rosa, minha irmã Rosa


Mariana, filha única, tem dez anos quando Rosa nasce. Agora vai partilhar tudo com a irmã: o quarto, o tempo dos pais, o afecto da família — incluindo a Avó Elisa que desconfia do progresso, e a Tia Magda, que tem um dente de ouro, uma fala que mete medo e só gosta de estrelícias e antúrios. Mas pelo menos a recordação da Avó Lídia e a amizade de Rita ela não quer dividir com mais ninguém. Será que Rosa vai continuar a ser «uma intrusa»?
Leia o livro e encontre a resposta. Rosa, minha irmã Rosa, de Alice Vieira, será o alvo do nosso próximo Chá com Livros. Dia 19 de Novembro, pelas 14H30, marcamos encontro na Biblioteca Escolar e seremos cúmplices de Mariana...